Seguidores

quinta-feira, 26 de setembro de 2019

Nascimento do Blog-

              
terça-feira, 28 de junho de 2011
" O principal objetivo deste blog, é tentar levar à você a poesia que é sensibilizadora ao coração humano, vir nos ajudar a despertar cada vez mais, às belezas e as bênçãos maravilhosas recebidas, sermos gratos ao milagre da vida trazida até nós pelas forças celestiais, visíveis ou invisíveis ao nosso olhar, e buscarmos estar em comunhão com Deus, através de tudo e com todos deste universo infindo." - Roseleide S. de Farias

PS:Por motivo de problemas com o meu PC, e por não ter conseguido redefinir mnha senha e e-mail vinculados ao blog, os dados foram repassados para este novo, com Titulo invertido, o Google não aceitou o mesmo título.
Estarei em viagem no próximo mês, lançarei meu livro na Casa do Poeta em Praia Grande, qdo retornar, estarei visitando  todos os meus seguidores.

Atenciosamente,

Roseleide Farias.

Á GAIVOTA E AO CONDOR


A manhã veio iluminada por um sol radiante, e branca

Gaivota voa alegremente sobre o mar, a expandir sua
Alegria, fé, carinho, fantasia, esperança e terno amor.
Invade-lhe o peito a serenidade de estar no ar, assim
Voando. Plana, mergulha nas ondas, os gritos alegres
Olhar arguto, ansioso, apaixonado! Sua alma amorosa
Teima em encontrar o amor pleno e ultrapasse limites
Além do infinito céu, continentes e o grandioso mar!...

Entre nuvens brancas, surge belo, magestoso condor!

Audaz, veloz, cuidadoso, paciente, poderoso, tão terno
Oscila tão leve, tranquilo, imponente, belo, no céu azul.

Com as grandes asas abertas o magnífico quer mostrar
O universo infindo, a promessa eterna, vida plena, que
Nas mãos preciosas de Deus a gaivota há de encontrar
Dádiva preciosa que busca, além do céu, do mar! E diz:
O amor é o caminho mais curto para a felicidade achar!
Distribua as bênçãos vindas dos céus, da terra, do mar!

Roseleide S. de Farias
–10/02/2011-

Um Soneto à Natureza


Bendita seja a arte expressada através das tuas santas mãos!
Benditos sejam estes teus lábios que transmitem um coração
Embevecido no amor, ternura em poemas, canções e orações
Elevando nossa alma ao belo e a vivermos como bons irmãos.

Não deveria os humanos agirem com tais sentimentos toscos
Pois se eles nos destroem, nos aniquilam, também aos outros
Ferindo cruelmente a mãe natureza, tão encantadora e afável
Rica, produtiva, maravilhosa e acolhedora. Mas, é tão temível!

Todo o universo clama por perfeita harmonia, a alegria, o amor
Equilíbrio e respeito, a paz entre todo ser humano desta Terra,
Cooperação mútua na diversidade dos demais seres viventes!

Busquemos os frutos da vida, o perfume, a doce beleza da flor
Absorvamos essa luz, energia divina que em todos se encerra,
Invade, aquece na dor, os corações que de amor são carentes.

- Roseleide Farias -
-12/ 2010-

Luar em Festa de São João



É noite de luar... cintilam estrelas no céu
E a brisa do mar refresca a nossa mente
Elas fazem apêlos pra alma, doce alegria
Nos Incendeia e toma conta da gente!...

Este rítmo quente, a balançar meu corpo,
Me esvoaça os cabelos, alegra o coração.
Música é sol que me aquece, é o arco-íris
Que surge, em imenso, fulgurante clarão.

Oh! vem querido, vem aquí comigo dançar
Ao redor da fogueira, eu quero te abraçar.
Aquí, nesta praia ou outro lugar, nós, bem
Juntinhos, acender a paixão, nesta bela e
Enluarada noite das festas de São João!...

Roseleide S. de Farias
-Maio de 2002-

Acróstico à Rosa Maria


ROSAS, tens neste teu lindo nome, e
Ostentas amor, alegria, a vivacidade.
Seguistes pela vida, oh, querida irmã
Amando, brigando, perfumando, nas

Manhãs da Vida e que nos impulsiona
Ao progresso evolutivo e à verdade!...
Rimos, porque "Lian" foi um teu nome,
Impregnada pelo véu de maia e sonho
Amante sempre tu fostes da bondade!

Roseleide S. de Farias.
-21/10/2010-

Acróstico às " ÁRVORES "



Árvores abençoadas, vocês são minhas boas, fiéis companheiras. 
Sei que me amam também vos amo! Minhas irmãs, sois vida, beleza.

Árvores amigas que me dão com carinho os doces frutos dos seus
Ramos, férteis entranhas. O salutar ar que expiram, a sua agradável
Verde sombra que nos protege. E na Terra se revolviam, já nasciam
Onde sequer existíamos. Vertiam a seiva e a clorofila, absorviam o
Repulsivo gás venenoso, devolvendo puro oxigênio, bom alimento
Essencial para fazer pulsar meu corpo. Mães amorosas, que ao vir
Servir-nos, sublimam o existir de todos os Seres, no ciclo da VIDA!

Roseleide S. de Farias
-outubro- 2011-

Filho meu


FILHO MEU, esta saudade tão incontida
Me dói a alma e entristece meu coração.
Não estares sob os meus olhos e ternos
Cuidados, carinhos, me angustia a alma
Pois sei que a luta árdua, sofrida, pode
Adoecer o espírito e trazer dor, aflição!

Meus pensamentos em oração, à seguir
Sempre contigo, te buscam pelas terras
Longínquas e rogo à Deus em oração, a
Proteção, Luz, Paz, Saúde e Amor, para
Nossa família. Felicidades à nossa Terra,
Para tí, netos, e ao teu bondoso irmão!..

Lembranças antigas gravadas no tempo
Que trouxe chuvas, ventos, sol, noites e
Meses sob as brisas marinhas, trazem a
Marca das Estações. Falam de mistérios
Insondáveis a tecer a dor à minha, à tua
Vida, sempre tão ausente em meu viver!

O meu conforto é a nossa Fé no Deus
Que é PAI e tudo vê e provê em tempo
Certo. Esse " tempo " que não é o meu,
Um " tempo " que não é o teu. Mas, que
É o Tempo programado nos céus. E que
Vêm das mãos do nosso Divino Deus!...

Que os Céus te cubram com as Bênçãos
Maravilhosas vindas dos Céus, filho meu!
E a todos a quem amas e zelam por ti, eu
Entrego à proteção das forças celestes, e
Luz dos anjos, guias, mestres, vindas das
Meigas mãos do nosso Senhor e DEUS!

Roseleide Santana de Farias
-20/09/2010-

Texto " Carnaval e Paz "publicado pela 39ª Ciranda poética da CAPPAZ em Fev/2012.


Lindo pássaro vejo voar ao longe no céu azul cabedelense!
Absorto, as asas abertas, terno, tem um olhar complacente.
Ele plana e observa a terra dos homens, a sua inquietude, a
Luta humana, o sofrer, a busca, sonhos, o choro plangente!

No percurso da vida terrena, eis que buscamos a felicidade,
A alegria, o prazer, o conforto, reconhecimentos e amizades.
E através dos meios sem fim, seguimos inúmeras trilhas, nas
Quais nos perdemos por não buscarmos esquecer as mágoas.

A alegria e o prazer em nossa vida podem vir de “n“ formas:
Saudável, perene e irradiante, para quem utiliza a sabedoria
E os sentimentos no Bem. Outros, fascinados pelo efêmero,
Caem nos abismos profundos, no vazio que ofusca a mente.

Se buscarmos a história humana em quaisquer áreas sociais,
Eis o seu trajeto cheio de quedas na busca pela tal felicidade,
O prazer. Há tristeza, horror, sacrifícios para todas as idades,
Emanados pelo sentimento do poder, egoísmo, perversidade.

Discriminação, injustiças, abusos, ambições, fanatismos, têm
Trazido sombras, dores dilacerantes a alma humana. E assim
Resultando em extinções, destruição no Planeta Terra. Atos
De almas escravas do vício, dinheiro, luxo, medos, maldades.

Eis que soam as alegres trombetas dos arautos da alegria!..
É a Festa do Carnaval que chega com a sua história nefasta
No passado distante e atual, possíveis felicidades e também
Acidentes, tumultos, mortes, desordens, prejuízos, excessos.

Mas, assim sempre foi, por enquanto será, na caminhada do
Homem sobre a Terra. As ações construtivas e evolutivas, o
Bem, o mal, o choro, a alegria, semear, colher, amar e odiar.
Por que não buscar a harmonia, a ternura, a alegria de amar?

Que o Carnaval hoje nos traga também a serenidade, oportuno
Feriado, momentos de lazer, alegria, descanso e curtição com a
Família, amigos, o cheiro de mar, um sol brilhante e a bela noite
Com o som das marchinhas, os frevos carnavalescos, paz, amor.

São tantas formas de sermos felizes e usufruirmos das bênçãos
Maravilhosas do céu. A beleza espargindo o colorido com tantas
Nuances e formas. O dinheiro é um excelente instrumento, se for
Utilizado para o Bem. Sinta a beleza do riso, o perfume da flor!

O Homem cria o seu próprio ambiente, o seu espelho, onde quer
Que ele esteja. A bondade, o bem, o canto, a música, o riso, têm
A linguagem universal, supera as adversidades diante da Luz de
Um espírito fraterno. Que chegue a alegria e exale a felicidade!

Que os ritmos acendam na alma a chama da alegria e da amizade
O céu se alegra ao ver o povo feliz, se abraçar sorrindo, se amar,
Cantar, dançar. Esquecer por três dias os males da vida atual, as
Carências de amor, de justiça social, paz, harmonia, felicidades!

autoria: Roseleide Santana de Farias - 17/02/2012

Tema da 38ª Ciranda de Pedra da CAPPAZ “ O Poder da Palavra de Fé "

domingo, 4 de março de 2012



Os sinos ouço tocar na distante igrejinha...

Percebo-a branca e bela por sobre a serra
Ostentando Serenidade, Paz e Aconchego.
Detêm os doces mistérios profundos da FÉ
Este suave perfume que acalenta e acalma
Revigora a alma humana, carente e sofrida

as intempéries danosas que a vida traz. E
Assim busca o homem a felicidade, seja nas

Palavras e atos sábios ou distorcidos, nesses
Amplos caminhos. E ele tropeça, cai e chora,
Lamenta ao perder-se no “MAL”, que tolo,
Ali, imprudente a buscava. Mas, a Esperança
Vem como irmã gêmea da Fé, transpõem os
Rincões, íngremes montanhas e infinitos céus,
Alimentada nas sublimes Promessas Eternas,

De aqui ou mais além sublimarem-se no BEM,
De dentro de si expandirem-se ao mundo nas

Fontes radiosas de Luz do Mestre Jesus, indo
Em atos, palavras de Fé, semear Amor, PAZ!

Roseleide S. de Farias

Textos poéticos dedicados aos animais:


Acróstico- À minha “ESTRELA” e outras mais


As tuas patinhas mimosas me buscam, amor, quando tu
Ostentas grande alegria ao ver-me. Meu coração exulta,
Sua alegria me encanta, e de ti não posso esquecer-me!

Ao aproximar-me te afago, e me abraças com o teu carinho.
Nestes pelos macios me perco, minhas inquietações se vão!
Insistes aos meus afagos, me buscas ansiosa querendo colo
Meus pensamentos se perdem, vejo este teu olhar amoroso.
Ao tempo que nos é dado e aos outros que já se foram, que
Impregnaram-me de carinhos, paz: minha profunda gratidão!
Seus olhares de luz, ternura especial, apaziguam meu coração

 “Estrela” e “ Yasmim”

Há meninas, vocês são tão belas, por que brigam tanto assim?
Estes ciúmes me matam, me irritam, e afastam vocês de mim.
Porque se atacar em vez de brincar, se eu amo vocês demais!
ocês têm o meu carinho, amor, afeto; isto não lhes satisfaz?
Ah!... Minha Estrela, és tão branca, tão bela, parece algodão!
Ficou você de uma única ninhada, és especial ao meu coração
Te amo muito, menina!... Não precisas ser tão agressiva assim.
Isto não me satisfaz, preocupa-me, mas não me esqueço de ti!

Os animais são como as flores, enfeitam, alegram o nosso viver
São amorosos, amigos e ternos companheiros; é preciso dizer!
Na caminhada terrena, durante a lida, suavizam o nosso sofrer.
Meus queridos, obrigada, eu nunca vou poder lhes esquecer!...

Roseleide Santana de Farias - 14/03/2012

( Dedicado ao Dia Nacional da Poesia, Dia do Vendedor de Livros,

Aos anencefãlicos



Ah... Pobre de mim, ser tão pequenino, indefeso e frágil!
O céu enviou-me á terra, em curta peregrinação no meu viver
Só o doce ventre materno, me dá conforto, alento e prazer.

Aos humanos, têm sido dada a inteligência e as opiniões
Neste meu percurso tão curto, breve, sofrido e solitário.
Eis o meu espírito submetido às decisões das leis, as quais
Nem sempre correspondem á ética, designações vindas
Conforme a vontade do Criador e os mistérios dos Céus.
Eis que a sublime fonte gestora da vida me acalenta e
Faz de mim, o filho sofrido; o amado e esperado, no meu
Angustiado viver. Mãe... O amor nos redime, aprimora, e
Liberta-nos dos compromissos passados! A suprema, boa,
Infinita misericórdia de Deus, nos dá as oportunidades de
Conviver emoções edificantes, alegrias, risos, lágrimas, dor,
O sentimento piedoso, flor perfumada que desabrocha nos
Sedentos corações ao dever cumprido até o final do nosso
( VIVER.

Roseleide S. de Farias
-27/04/2012-
Obs. Eis a minha humilde contribuição para a CAPPAZ (Confraria de Artistas e Poetas pela Paz). Um importante site, instituição, para atividades de conscientização humanitárias através da poesia e outras artes.

quarta-feira, 25 de setembro de 2019

POEMA À UM AMOR PERDIDO


Já se vai tão distante o nosso beijo e o abraço
Que selaram esta tão grande e eterna amizade
Duas almas gêmeas e tantas belas afinidades:
Sentimentos, convicções, fé, posturas na vida,
Parecíamos ser isentos de qualquer maldade

Nos primórdios dias de 1982, sorrimos juntos.
Os nossos corações ansiosos se encontraram
Carinhosas cartas e cartões, mimos trocados, 
Através de terras distantes por onde passavas
Belos países, longínquos continentes e mares

Era uma bela manhã radiante de sol, brisa, mar
Quando enfim tu viestes ver-me e me encontrar
Meu mundo alegrou-se, te vi tão elegante chegar
O braço dado à boa, querida, amável tia Palmira,
No meu lar materno que tão gentil me abrigava

Na minha "Praia Formosa”, em Cabedelo-Paraíba
Lembro "Baía Formosa”, luar, teu recanto de Paz,
A tia Beleza iluminando o nosso caminho a trilhar
E as estrelas cintilando na magia de te encontrar
Almas sinceras, amorosas, carinhosas a se amar

Um entardecer nos acolhia na branca areia macia
Deste tão lindo lugar. Na minha praia bonita, senti
Doce sabor do vento úmido pelas gotinhas do mar
Ao esvoaçar meus cabelos, o vento trazia as vozes
De crianças por entre ondas à brincar e me chamar

Enternecido sorrias, me olhavas, sentados à beira-mar
Ouvias crianças gritar, as infantís vozes se confundiam 
Ao som do bramido das ondas, doces sussurros do mar!
E sem ficarmos sós, eu lamentava meus alunos ali estar, 
Ecos à me dizerem: "Professora, perto de nós deves ficar”

“Vem para perto de mim, diziam as vozes assim”
Como em suaves lamentos, anteviam o meu sofrer
As belas ondas quebrando na areia morna à morrer
Gritavam:“Escuta o canto das aves, alegria aqui acaba,
Tal o triste Marulhar das vagas, grito febril da gaivota
e as brumas perdidas do mar”

Era uma noite tão mágica em nossa Baía Formosa
Os violões, seu, do primo Waldir, soavam as belas
Mágicas notas musicais, melodias alegres de Paz!
Estávamos tão felizes! Tudo tão lindo, encantador.
Eu cantei “La Bohème” e outras canções de amor

A vida tem seus mistérios que eu não sei explicar!
Vem com a força das águas, a correnteza dos rios,
E tristemente se vai para as profundezas do mar.
Muda percursos planejados ao amor e a felicidade
“E o riso transforma-se em pranto, tristeza demais"

As doces e saudosas lembranças ainda me chegam,
Junto a gratidão e o carinhos de todos ter recebido.
Mas chega também a dor por seguir caminho sofrido
A sensação ao perder-te chega ao meu pensamento,
Tristemente ví o belo sonho virar espumas ao vento

Assim nas brumas escuras da vida, tudo se perdeu
Águas muito turbulentas, inexplicáveis, esquecidas
Senti o nosso amor perdido, abandonado e trocado,
Por um amor mais recente que te atraiu e absorveu
No Rio. Um Cristo de braços abertos, sereno, só teu!

Trinta anos se passaram na trilha desse nosso viver
Segui meus caminhos diversos e opostos aos teus.
Imagens aqui me chegam de mansinho feito um filme
Vejo-me contigo, pés descalços pela praia a caminhar,
Gaivotas a gritar, dunas de areia, céu azul, o belo mar

Hoje lamento, aqui choro por tão belo amor perdido
Sofro!!! Soube que partiste deste mundo tão sofrido!
Já não viajas pelos mares ou continentes distantes 
Viajas pelo céu a te confundir às estrelas brilhantes,
Longínquas paisagens celestes e a lua como amante

Te amei e te senti nas cartas fraternas cheias de luz...
Corações sofridos, guiados pela Fé que nos conduz.
Ela aquece almas, nos dá a ética, bons sentimentos,
O “eu” contido nas fibras dos nobres pensamentos 
Corações amantes, não fizeram da vida um tormento

Que nas paragens longínquas do celeste azul do céu
Jesus e Maria, os guias e mestres nos possam ajudar
Fostes estrangeiro na terra e um bom marujo no mar
Agora és viajante das estrelas; eles, tu irás encontrar,
Que iluminem o caminho que ainda precisemos trilhar

Creio que a vida não termina pela passagem da morte 
Se a vida aqui é breve, talvez lá tenhamos mais sorte. 
O “Tempo” sempre é maior. Quem sabe, querido meu
Tenhamos bom merecimento de sob a luz das estrelas,
Lindos raios do luar, possamos nos encontrar em Deus.

Roseleide Santana de Farias
novembro de 2011 (dois meses depois de sua morte física)


Ao Templo e a Árvore


(Dedicado a Capela Nossa senhora do Bom Sucesso, em Lucena/PB)

Sobre o ermo ensolarado, abandonado e triste,
Eis que o tempo deixou as suas marcas, feridas
Dolorosas, aguçadas pelos ventos errantes e as
Marolas das ondas, a soprar e a gritar contra o
Esquecimento, ingratidão humana, a fragilizar
Tão doces lembranças.Tempos aquecidos na Fé
Que removeria os calcários, medos e violências,
As desesperanças, tristezas, pedras, montanhas.

Ah!... Mas, como é ingrato o coração humano!
A capela solitária em máscara de dor, vê passar 
O tempo, vidas e gerações, os interesses outros, 
Nas almas frias e distantes. O olhar ferido sente 
O encanto ao ver o sol que nasce, aquece, fugindo
Para o poente. A vida se renova na chuva que cai,
Mas lhe corrói o corpo sofrido! Falam do Divino
Amor e esferas distantes invisíveis ao seu olhar.

Passa-se o tempo e tu pequeno templo, tens teu
Olhar perdido, distante na saudade por aqueles 
Que se foram, deixando-te abandonado e triste.
Heroico, resistes na tua missão sublime. E rogas
À Senhora do Bom Sucesso, às suplicas do povo
Ouvir. E distribuir Suas bênçãos aos filhos seus
Que sofrem desvalidos em meio ao mato, ao sol,
Uivos do vento, olhar do luar, bramidos do mar!

Mas, eis que a mão soberana de Deus aqui chega,
Apresenta-se em forma de Vida, Luz, Compaixão.
E o Templo, símbolo da religiosidade já esquecida,
Recebe teus tenros verdes ramos, que humildes, ali
Nascem, crescem aos seus pés, tentando dar-lhe vida
Em comunhão! Eis então a simbiose perfeita, entre
“A árvore e o sagrado.” As muralhas do templo e os 
Ramos sombreiros se abraçando fraternalmente!

sábado, 17 de dezembro de 2011

Autoria: Roseleide S. de Farias

Porque é Natal


Porque é Natal, Senhora nossa, eu Te vislumbro ao longe! 
Vejo-te, sinto-te perto de mim e inspiro o teu suave perfume.
São incensos, mirras, jasmins, rosas, tantas delicadas flores.
Lírios, angélicas que nascem, são bálsamos às minhas dores. 

Maria, jovem ainda, boa menina, meiga, casta, tão linda!...
Já a sentir as cruéis angústias do medo e as dores do parto.
Sombras das terríveis discriminações, perseguição, solidão, 
Temor do abandono, o doloroso suplício e a terrível morte!

Maria pura, inocente, tímida, obediente ao Senhor, já sabias,
Que só o amor constrói e é caminho da verdadeira felicidade.
Maria, bela estrela cadente, luzente, fulgente, bendita do céu!
MÃE, brisa que afaga, Estrela Guia aos que caminham ao léu!

Porque é Natal, louvo-te, adoro-te, venero-te, sinto-te e te amo
Mas, não só por ser festa! Se a tristeza me invade, eu te chamo.
Quando a melancolia vem, invade a mente como um denso véu,
Eu te busco nas estrelas, rezo o mantra do terço, te vejo no céu!

Porque é Natal, corações felizes, tristes, fervorosos, te aclamam 
Confiantes neste teu sublime amor de mãe que nos faz florescer. 
Há esperança, Bendita Mulher! A misericórdia, teu jeito de amar
Que nos ilumina, ampara, nos caminhos que precisarmos trilhar.

Porque é Natal, Glória à Deus nas alturas, Paz na Terra, louvores
Á Jesus, O Salvador, o Filho do Anjo Mulher. Jesus, Maria e José, 
Servindo ao Pai Celeste, á cumprir as profecias e trazer redenção.
Bendito O Fruto da Eterna Paz que a humanidade tanto quer e
Precisa TER, através da cooperação, amor, justiça, união. 


autoria: Roseleide Santana de Farias
19/12/2011

Nostalgia


Nostalgia, os pensamentos tristes e um sentir amargo
Sentimentos dolorosos a invadir meu peito e o coração
Lembranças, saudades dos ternos e doces momentos
Que são levados de nós assolados pela força dos ventos
E deixam marcas profundas no trajeto de nossas vidas
Dos meus amores perdidos neste túnel do tempo!...

Coração sofrido não chores tanto assim
Pois a tristeza amarga a vida da gente
Latejas no peito, reclamas descontente 
Mas, cala-te querido, o sofrer te redime
Não chames por quem está longe de ti!

Ah!... Coração! Sei que dói, são tantas as saudades!
Esta dor que esmaga o peito, nos faz chorar, vacilar
Tropeças nas pedras e perdas que a vida nos traz, e
Fraquezas, murmúrios, prantos, vinganças, revoltas,
Sabemos que o Bem não nos faz. Ama, esquece, vai
E perdoa, pois o viver é rico e tem promessas à dar!

Coração sofrido não chores tanto assim
Pois a tristeza amarga a vida da gente.
Latejas no peito, reclamas descontente
Mas, cala-te querido, o sofrer te redime
Não chames por quem está longe de ti! 

Maior do que nós, foi o Mestre Cristo Jesus,
Que ao falar de Eternidade, foi morto na Cruz
ELE nos mostrou o Caminho por onde andar
Misericórdia, Perdão e Justiça por onde passar
Misericórdia Senhor, tem pena de todos nós,
Frutos do Teu maravilhoso e imenso amor 
Mas que aqui necessitamos tanto de amar!...

Autoria: Roseleide Santana de Farias

( texto poético escrito março de 2012 )

" Primeiros versos ao meu amor "



Amo-te como esta brisa mansa e suave, que encrespa as ondas do mar
Amo-te como o vento que acaricia os coqueiros, que os faz balançar
Amo-te como a voz materna que embala o filho numa canção de ninar
Amo-te como a chuva caída do céu, que vem a terra molhar e vivificar 

Amo-te como o vento apaixonado que te busca por terras tão distantes
Amo-te como um oásis, um deserto ardente, incandescente e errante
Amo-te com as luzes diáfanas do azul do céu, as estrelas, o mar, o luar
Amo-te, meu amor, com anseios d´alma que muito quer te encontrar

Amo-te como as pequeninas gotas de orvalho, amantes sobre a bela flor
Amo-te como um entardecer sereno, nostálgico, tão carente deste amor
Amo-te, busco-te, como a ave solitária procura aconchegar-se ao ninho
Amo-te como a aurora que resplandece em luzes, beleza, colorido, calor 

Amo-te com estas emoções antigas, esperanças do meu hoje, do amanhã
Amo-te com afagos de alma amorosa, apaixonada, terna, meiga e irmã
Amo-te, chamo-te e sinto-te, nos momentos presentes desta minha vida
Amo-te, quero-te, anseio-te na paixão dos meus versos, meu doce amor

Roseleide S. de Farias
-abril de 2012-

Á minha veneranda Mãe


FRANCISCA, eis o teu nome, minha veneranda mãe!
Reflete-se em minha mente o teu meigo, belo rosto
Anima-me a doce esperança de encontrar-te um dia
Neste universo, na longínqua ou próxima paragem.
Cisma-me aquela bela, cintilante estrela distante, e
Introspectiva, fico a meditar nas emoções perdidas,
Sofrendo a saudade que me dói no peito, ausente do
Cálido coração que tanto alento me dava nesta vida.

Assim eras tu minha mãe, tão alegre e extrovertida!
Sempre transmitias esperanças, tão sábia, querida, tu
Animavas á todos, e enérgica dizias “não” á covardia.
Nada te amedrontava, eras de fé e talvez escondesses
Temores, doenças, sofrimentos a acometer-te um dia.
Altaneira, corajosa, boa nordestina tal qual o meu pai
Nascidos na linda Alagoa Grande, no brejo da Paraíba
A tua alma, o coração, tuas lembranças, me confiavas.

Desalentos, cansaços, temores, também tuas saudades
Envolvidos no tempo, na velhice que sutis te chegavam

Fugidios, amorosos, ternos, foram nossos momentos, e
Assim unidas nós ficamos até o fim desta jornada, mãe.
Ríamos, cantávamos, ao som dos acordes do teu violão
Inquieto, sonoro, que nos enternecia nas tuas bondosas,
Amáveis mãos. Dizias agradecer porque Deus, o Nosso
Senhor, filhos teus não te levara. Isto seria a grande dor

(no teu CORAÇÃO DE MÃE!Roseleide Santana de Farias
- 11/05/2012 -

CONTEMPLAÇÃO


O meu céu está nublado, cor de chumbo
Meu sol antes brilhante, se foi tão fugidio
Vejo as nuvens fechadas, os nimbos no ar
E grandes promessas de chuvas à caírem.

Sob o céu as nuvens passam tão ligeiras
Levadas pelos fortes ventos como açoite
Para mitigar a sede daqueles que sofrem
Rogo-lhes vão aos sertões, mais ao norte

As palmas dos coqueirais e as plantações
Gente, animais, são todos nossos irmãos,
Que agradecem refrescados pelos ventos
E mansas ou fortes chuvas quando caem

As nuvens, os ventos e as chuvas, descem
E elas em festas, caem como densos véus
Me encantam, me assustam, sons, trovões
Os relâmpagos clareiam as águas dos céus

Enternecem-me os vermelhos telhados que
Abrigam almas, famílias, crianças e sonhos
Procuram o conforto, a segurança dos lares
Fugindo ao frio, o medo e o cruel abandono

O sibilar dos ventos balançando as árvores,
Os meus cabelos, jardins, quintais, pomares
Os belos coqueiros, as árvores, minha terra
Banhados pelas chuvas, os rios e os mares.

Os passarinhos se aconchegando nos ninhos
Raros são os seus voos ou o seu belo cantar
Nos sertões, seres viventes rogam por chuva
E os benefícios, as bênçãos que a chuva traz

Seria o fim da dor, da fome, seca, desolação!
Se alguns sofrem por ter chuvas em demasia
Ao sertanejo sofrido, é vida plena, renovação
Para o camponês é fartura, satisfação, alegria

Roseleide S. de Farias
 
Fevereiro / 2012








Á ti, minha bela águia distante


Neste vinte de junho do ano de 2012, viestes à mim,
Chegastes de forma tão surpreendente, inesperada. 
Bela e forte águia, que voando internacionalmente,
Em meu coração fez seu ninho, aconchego, paixão, 
Pousando de mansinho, me cativando, fez morada.

Depois das chuvas, o sol brilha a lançar os seus raios
Me aquecem com a diáfana luz a espraiar doce magia.
Vejo as estrelas, as luzes, as cores e pássaros cantores,
A canção do vento a murmurar mensagens de alegria. 
Meu coração feliz, em festa, agradece a paz, harmonia.

O deserto desta vida, deixa a alma sedenta, sofrida.
No oásis buscamos matar a sede, solidão, saudades.
Sonhos, quimeras, são energias que nas primaveras
Nos chegam com o frescor das manhãs e nos invade
Ondas de amor, brisa marinha, terno carinho, luar.

Roseleide Santana de Farias
-21/06/2012-

Na sombra da noite

Oh!...Senhor, guia-me os passos, o meu coração
Sede a luz que busco ao caminhar na escuridão,
A tênue luz que vislumbro ao fim deste caminho
Nela irás acolher-me, encontrarei o teu carinho.

Nesta tristeza, Pai, que humanamente me acomete
Eu rogo-te, ela não possa destruir-me, sufocar-me.
Ajuda-me, Senhor Deus, que não perca a minha fé
A bondade, misericórdia, no coração amargurado.

A melancolia faz doer meu peito e tem sabor de fel
Quando antes, tudo ilusão, mas tinha sabor de mel
Passa o tempo, brisa, sol, chuva e ventos no açoite,
Se confundem com saudades nas sombras da noite.

Misericórdia Senhor, rogo-te por nós, os filhos teus,
Pois hoje vislumbrando o mundo de forma tão cruel,
Teus filhos loucos, desvairados, à vagarem perdidos,
Sem lenitivo de amor, desorientados, sofrendo ao léu!

Piedade para as almas atormentadas que aqui estão,
Assustadas, violentadas, oprimidas nas forças do mal.
Traz até nós teus santos bálsamos perfumados, unção.
"Oásis do deserto", cuidai de nossas chagas, desolação!

Meu úmido olhar perde-se no infinito e como um véu,
Tenta ver, ouvir anjos, música celeste, vindos dos céus
Estou com a minh´alma triste, o meu coração cansado.
A solidão, a eterna companheira, sempre ao meu lado!

Roseleide Santana de Farias

Á São Paulo – terra da garoa


Aqui cheguei e te olhei, me assustei, me alegrei...
Admirei a tua megalópole estupenda, muito linda!
Senti a falta do sol, o canto dos pássaros, os coqueiros,
a brisa do atlântico, praias, rios, da minha Paraíba.
Mas, encantei-me no charme, na educação do paulista!

Ah!... São Paulo, a famosa e bela terra da garoa!...
Cantada em prosas e versos nas suas belas canções.
Teus vultos históricos trazem os testemunhos d´almas
nas fases do teu desenvolvimento, a tua colonização.
A cultura do café, teu enriquecimento, determinação. 

Ah! Este frio gostoso que nos faz dormir, sonhar e amar...
Para ti vem o povo sofrido da seca atroz que faz chorar.
Das áridas veredas dos sertões, causticante sol nordestino.
vêm em paus-de-arara trazendo os seus rostos sofridos,
mãos corajosas, calejadas, lágrimas, coração aberto, dorido. 

Tu, São Paulo, tens sido a esperança viva de um povo,
seja do norte, nordeste, centro-oeste, carentes, do Brasil! 
Eles buscam o melhor destino, abundância para a família.
Partem a procura de paz, a derramar o suor, sangue, lágrimas, 
tendo no coração a gratidão ao construir-te, por dias melhores.

A seca e a saudade do brilho lunar nas serras longínquas,
o solitário lar para trás deixado, seus parentes e amigos,
a seca afetando as suas plantações e animais de estimação.
Tal qual a dor inclemente da terra querida, sofrida, resiste, 
tão castigada, vai aboiando, cantando, meu bravio sertão.

Decidem deixar o norte, vêm aqui ao pensar vencer a morte, 
acalentando sonhos de trabalho, tentando o pão, a melhor sorte
Sonham lutar, juntar, rever a sua terra, à ela voltar, semear,
criar animais em verdes plantações, chamar a chuva, vê-la cair,
perceber o povo sorrir, com a sua gente dançar, ser feliz, amar!

Para ti São Paulo, também veio o meu primogênito Leonardo.
Ele que é corda pulsante na minha vida e no meu coração.
Os Poetas, Familiares e Amigos, são meus eternos tesouros, 
Minhas estrelas cadentes que me alegram a vida no transitar
desta minha viagem, em mais uma bela e emocionante estação!

Obrigada, amiga poetisa, confreira Eliene Dantas de Miranda.
Você é uma joia rara, delicada pérola preciosa, cujos mistérios
mais profundos, jazem radiantes no mar desta alma luminosa.
A advogada bela, meiga, gentil, tão eficiente, promulga justiça,
elegância, suavidade, ternura, amizade, a nobre hospitalidade.

Cabedelo, a verdejante e bela península portuária do litoral 
nordeste desta pitoresca Paraíba, te espera, poetisa Eliene. 
Quer ver teu sorriso neste sereno, dar e receber carinhos teus.
Sentir o brilho deste teu olhar, ficar feliz ao retornares ao lar,
ao nosso sol e à brisa marítima...Tu, a amada filha de Deus!..

Agradeço ás bênçãos celestes por viajar, as belezas me encantar.
Também aos meus filhos, bons amigos, pois quiseram me apoiar.
Bergh, Vanessa, Leonardo, Eliene, Diná, jamais os teria esquecido!
Ah!...Que alegria os lindos poemas e belas canções compartilhar.
A “Flor morena” é um doce encanto, foi tão bom com você estar!

À poetisa, exuberante ciganinha Diná, irmãzinha do meu coração,
quero deixar este meu recado, com um grande afeto e gratidão!..
Pois se não fosse a danada, da minha toca eu jamais teria saído.
Não teria conhecido São Paulo, sua cultura, museus, exposições.
Para você, votos de carinho, saúde, amor, felicidades, paz, emoção!

Aos atores, Deomideo Macedo, Zito Silvério, José Clementino
e um plangente violão, a minha doce alegria e eterna admiração. 
Na www.radiosol.com: Eu, Eliene, Diná, Flavio Martinez Guebara, 
no programa "Boleros e Poesias”, fez sonhar o nosso coração. 
Zito e filhas, a vocação resplandece, e deixam as almas em prece.

No Teatro, lindas crianças á dançar, tão gentis á nos encantar,
alegres com as ternuras e graças do bom “Velho Baltazar”.
No Memorial da América Latina, o Portinari fascinou-me!
As imagens em meu espírito, “Guerra e Paz“ emocionou-me
O bem e o mal da humana vida da gente, refletidos num espelho.

A nobre CAPPAZ de São Paulo, carinhoso abraço, paz, harmonia
Aos confrades e confreiras presentes, muitas felicidades na lida
Neste doce lar de Eliene, sarau, risos, degustações e belas poesias.
Tudo é fraternidade: as canções, lembranças, saudades e alegria,
Ao comemorarmos da CAPPAZ os seus belos 04 anos de vida.

Á minha cidade retorno, levarei as ternas saudades, lembranças,
a vontade de voltar e as boas amizades, eu levarei como aliança. 
Deus permitindo, na Paraíba, Bahia, Sampa ou em outro lugar,
Nos belos rincões do meu BRASIL, novamente eu quero estar.
Ficar com vocês meus queridos e poder outra vez vos abraçar!

Roseleide Santana de Farias
- São Paulo 05/2012-

Nos encantos do mar


Passaram-se os meses, a tua ausência doeu
E eu busquei nessas ondas revoltas do mar,
Levar minhas saudades que teimam em ficar.

Inquieta eu te chamo, em alta voz eu clamo,
Os ecos respondem: _ sou apenas a bruma,
Preenche o vazio e esta tua sede de amar...

Derramo os meus sonhos nas vagas perdidas,
O meu pranto, minhas lágrimas tão doloridas,
Misturam-se às águas, meu corpo em chamas.

Embalada, encantada, eu envolvo-me no azul,
Nos mistérios infinitos e profundos do além,
Te abraço num sonho, eu te quero, não vens!..

Nas cores do arco arco-íris, prevejo harmonia
As Promessas Eternas a me trazerem alegria
E no encontro das águas, no azul deste céu,
Minh´alma se alegra, sei, te encontrarei um dia!


Roseleide S. de Farias
11/08/2012

"Versos ao meu amor"


Amo-te como a brisa suave e mansa que encrespa as ondas do mar
Amo-te tal qual o vento que acaricia os coqueiros e os faz balançar
Amo-te com a voz materna que embala o filho na canção de ninar
Amo-te tal qual a chuva caída, vinda do céu para a terra vivificar

Amo-te como o vento apaixonado que te busca por terras distantes
Amo-te como um oásis, o deserto ardente, incandescente á te abraçar
Amo-te como a luz diáfana no azul do céu, nas estrelas, o mar, o luar
Amo-te meu amor, com anseios d´alma que muito te quer encontrar

Amo-te como as pequeninas gotas de orvalho, amantes sobre a flor
Amo-te como um entardecer sereno, nostálgico, carente deste amor
Amo-te, busco-te, como a ave solitária procura aconchego no ninho
Amo-te como a aurora que resplandece em luzes, beleza, cor e calor

Amo-te com estas emoções antigas, esperanças do hoje e do amanhã
Amo-te com afagos das almas amorosas, apaixonadas, ternas, irmãs
Amo-te, chamo-te, sinto-te, nos momentos presentes da minha vida.
Amo-te, quero-te, anseio-te, na paixão destes versos, meu doce amor!

Roseleide Santana de Farias- 17/04/2012

Mulher X Missão


Mulher eu sou, e quisera ser o tal anjo entre os homens
Unificando os laços que nos une a terra e ao azul do céu.
Lembra-nos os mimosos versos e as sagradas escrituras:
Heroína, santa, guerreiras amorosas, sejas tu, ó mulher!
Entre as fantasias de amor, paixões, sonhos, eu caminho
Reflito limites, quedas, alegrias, vitórias, mulher que sou

Xamã dos desejos, necessidades primordiais de cada ser,

Mistificam-nos, mas nos é negado o devido, sagrado valor. 
Intimamente os segredos de uma alma amorosa, ardente,
Silencia diante da cruel realidade, uma sociedade perdida,
Sedenta, reais valores esquecidos, distorcidos, renegados.
Ansiosas buscamos a modernidade, esquecemos a missão,
O amar com responsabilidade, ternura, poesia, fé, doação.


Autoria: Roseleide Santana de Farias

À uma Rosa Azul


És minha bela rosa azul, te amo, reflexo de minha vida!
Uma rosa flor, rosa menina, rosa mulher, hoje fenecida. 
Rosa tão vívida, um ornamento ou um ser vivo pulsante,
Que assim caminha levada pelo forte vento cortante, e
Oscilante, ergue-se, olha para o alto, segue constante.

Nas fortes correntezas do rio da vida, 
Segue a minha flor levada em delírios, 
Em seus sonhos vãos e enlouquecidos 
Seu coração sufocado, triste, reprimido, 
Busca o amor, as doces ilusões perdidas.

Oh, pequena rosa, meiga, apaixonada, sedenta, amorosa,
Que caminha por este mundo esquecida, buscando ansiosa
A Luz dos carinhos, cuidados, o amor pleno que não viveu.
E não encontrando a alma gêmea, o homem amado só seu, 
Ficou solitária neste mundo, carente, esquecida por Deus!

Sem o calor dos teus mimos, cuidados e carícias só teus,
Encontro das mãos, bocas, aconchego do peito, coração, 
Absorveu no percurso a sua tristeza, melancolia e a dor. 
Hoje, as lindas pétalas já esmaecidas caem no caminho 
Já não exala beleza, sua doce ternura, o perfume de flor.

autoria: Roseleide S. de Farias




A TRILHA


Busco-te amado Senhor, na estrada terrena desta minha vida.
Vejo-Te nas montanhas, rios, mares, verdes matas, sol e flores
Que irradiam sobre mim suaves bálsamos às tristezas e dores.


Sigo a trilha que me assoma aos olhos, sentidos e a percepção.

Minha alma esvoaça entre a tristeza, fé, a alegria de entregar-se
Sou a humilde libélula em busca do calor, chamas da Tua LUZ!


No fogo abrasador do Teu poder, molda-me o espírito, Senhor!
Imola-me, abriga-me em Teus braços, recebe a Tua pequena ave
Retorno ao Teu seio, busco força, aconchego do ninho, o calor.

Na trilha que me ofereces, necessito de Ti para prosseguir, PAI

Ansioso é o meu coração e sinto solidão, frio, o desalento e dor
Impregna-me com o perfume da Tua Criação, Ternura e Amor!

Autoria: Roseleide Santana de Farias
16/02/2013
(Para a 50ª Ciranda Poética da CAPPAZ)

Á uma imagem distante

Lá muito longe se erguiam,
quais fantasmas a esvoaçar,
dois em um só, ali se uniam,
belos coqueiros junto ao mar. 

Apontavam para o azul do céu,
suas verdes palmas a balançar,
os seus corpos tão separados,
mas se abraçavam no ar. 

Assim é o corpo e o espírito
tão presos aos laços terrenos
que nos torna tão pequenos,
esquecendo bem depressa 
para onde iremos voltar!

Apesar de estarmos na Terra
é muito importante deixar
que a nossa alma busque
as riquezas mais profundas
do nosso eterno e celeste Lar.

Meu amor, um sonho distante,
sei que novamente partistes,
agora para mais longe de mim.
Mas sei que o tempo é infinito,
traz mistérios, surpresas sem fim!

-Roseleide Farias-
( Qdo na Casa dos Conselhos- 2012 )

AS ROSAS

As rosas exalam perfumes, beleza, e estimulam ao amor
Seus espinhos defesas, proezas, as defendem de sua dor

Rosa, dizem ter em meu nome, assim fico feliz, vaidosa
Orvalho da madrugada me banha e eu fico tão poderosa
Sereno da noite entorpece e fecho as pétalas, adormeço
Acordo, inalo o cheiro, é maresia; tu ó mar me encantas
Sinto a carícia da brisa, meu corpo em ardente chamas

autoria: Roseleide Santana de Farias
CAPPAZ-março/2013
( Confraria de Artistas e Poetas pela Paz )

ÀS CRIANÇAS E AOS ADOLESCENTES


Crianças e adolescentes, presentes dos céus, são todos bem-vindos! 
Têm reflexos das mais belas flores embelezando os nossos caminhos. 
Alvorecer na noite escura vêm nos trazer felicidade, ternura e alegria.
Incensos, mirras, perfumes, é sol que aquece, suavizando espinhos!


Espinhos da intolerância, ganância, sofrimentos, a nos sufocar os dias!
Mas, vós crianças, sois bálsamos que nos adoçam e dão lenitivo a vida.
Nos dão forças, energia para enfrentar as dores, cansaço, adversidades
Que encontramos nas pedras, curvas, quedas, no percurso do caminho.


Às crianças devemos dar amor, orientação, ternura, cuidados, clemência.
Na carência dos pais, desequilíbrios, violências ou constantes ausências: 
Vocês sentem medo! A fome, invigilância, disciplina e maus sentimentos,
Sem pão, proteção, afeto, boa educação, a provocar cruéis sofrimentos!


A sociedade transforma-se num caos, pessoas padecem injustiça social.
Falta trabalho, alimento, moradia, paz, sossego, lazer, amor no coração.
Vós pequeninos, adoecem, perdem-se no caminho; é tão difícil o retorno!
Famílias, cidades, sofrem violência de quem deveria ser apenas FLOR!




autoria: Roseleide S. de Farias
apresentado no evento do CMDCA no dia 13/05/2013

ENCANTOS II

Encantos de sol e mar
Na tarde eu sinto a maresia
Canto o amor, a fantasia,
Anseios de te encontrar.
No embalo da brisa adormeço 
Te amo e te quero, te mereço. 
O tranquilo poente se vai; e no 
Sereno da noite, teus braços me satisfaz. 

Roseleide Farias 
(ao meu amor) 

Encantos também eu tenho 
De um jeito diferente. 
Quando estou longe é distante, 
Quando estou perto é presente. 
À noite quando te abraço, 
É gostoso, é diferente. 

José Pereira 

29/11/2013

PAZ E FELICIDADE




PAZ E FELICIDADE

PAZ, palavra tão pequenina
As três letrinhas se fundem
Zelo e assistência nos unem

Essência de ações, atividades, permutas,

Feitas com dedicação, coragem, desvelo
Entre os seres vivos que no mundo requer
Lenitivos do amor e alimentar-se na Fé
Integram-se, harmonizam-se, iluminam-se
Com alegria, paciência, sonhos de felicidade
Incandescências nos corações sem maldade
Deixam à sua passagem, risos, rastros de Luz
Aos filhos do Cosmos rendamos o nosso amor
Dedicação e respeito, a reverência ao sagrado
E a bela flor. Aos homens, a terra e os animais,
(águas, plantas, cuidemos de extinguir a dor!).

Roseleide Farias. 13/11/2013


DIA DO POETA

Dia do poeta!... A ti foi feita uma justa homenagem especial
Inquieta-me este mundo, onde a essência da poesia, o amor,
Aqui se defronta com o egoísmo, a frieza, insanidade e dor!

Da alma do poeta expande-se a alegria, sofrimentos, emoções, 
Ostentando contemplação, encantamento, doçura, suave magia.
Perfumes de flores, alvorada da esperança e alento na agonia,

O poeta absorve tristeza, ama e expressa os seus sentimentos
Em excelsa profusão de filosofia, ideais, paixão sem maldade!
Ternura, desespero, as ânsias se confundem na alma vibrante.
Assimila risos, dor, tem na alma encantos de amor e felicidade!


Autoria: Roseleide Santana de Farias

Eu sou a Rosa Azul