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quarta-feira, 25 de setembro de 2019

Ao Templo e a Árvore


(Dedicado a Capela Nossa senhora do Bom Sucesso, em Lucena/PB)

Sobre o ermo ensolarado, abandonado e triste,
Eis que o tempo deixou as suas marcas, feridas
Dolorosas, aguçadas pelos ventos errantes e as
Marolas das ondas, a soprar e a gritar contra o
Esquecimento, ingratidão humana, a fragilizar
Tão doces lembranças.Tempos aquecidos na Fé
Que removeria os calcários, medos e violências,
As desesperanças, tristezas, pedras, montanhas.

Ah!... Mas, como é ingrato o coração humano!
A capela solitária em máscara de dor, vê passar 
O tempo, vidas e gerações, os interesses outros, 
Nas almas frias e distantes. O olhar ferido sente 
O encanto ao ver o sol que nasce, aquece, fugindo
Para o poente. A vida se renova na chuva que cai,
Mas lhe corrói o corpo sofrido! Falam do Divino
Amor e esferas distantes invisíveis ao seu olhar.

Passa-se o tempo e tu pequeno templo, tens teu
Olhar perdido, distante na saudade por aqueles 
Que se foram, deixando-te abandonado e triste.
Heroico, resistes na tua missão sublime. E rogas
À Senhora do Bom Sucesso, às suplicas do povo
Ouvir. E distribuir Suas bênçãos aos filhos seus
Que sofrem desvalidos em meio ao mato, ao sol,
Uivos do vento, olhar do luar, bramidos do mar!

Mas, eis que a mão soberana de Deus aqui chega,
Apresenta-se em forma de Vida, Luz, Compaixão.
E o Templo, símbolo da religiosidade já esquecida,
Recebe teus tenros verdes ramos, que humildes, ali
Nascem, crescem aos seus pés, tentando dar-lhe vida
Em comunhão! Eis então a simbiose perfeita, entre
“A árvore e o sagrado.” As muralhas do templo e os 
Ramos sombreiros se abraçando fraternalmente!

sábado, 17 de dezembro de 2011

Autoria: Roseleide S. de Farias

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