O meu céu está nublado, cor de chumbo
Meu sol antes brilhante, se foi tão fugidio
Vejo as nuvens fechadas, os nimbos no ar
E grandes promessas de chuvas à caírem.
Sob o céu as nuvens passam tão ligeiras
Levadas pelos fortes ventos como açoite
Para mitigar a sede daqueles que sofrem
Rogo-lhes vão aos sertões, mais ao norte
As palmas dos coqueirais e as plantações
Gente, animais, são todos nossos irmãos,
Que agradecem refrescados pelos ventos
E mansas ou fortes chuvas quando caem
As nuvens, os ventos e as chuvas, descem
E elas em festas, caem como densos véus
Me encantam, me assustam, sons, trovões
Os relâmpagos clareiam as águas dos céus
Enternecem-me os vermelhos telhados que
Abrigam almas, famílias, crianças e sonhos
Procuram o conforto, a segurança dos lares
Fugindo ao frio, o medo e o cruel abandono
O sibilar dos ventos balançando as árvores,
Os meus cabelos, jardins, quintais, pomares
Os belos coqueiros, as árvores, minha terra
Banhados pelas chuvas, os rios e os mares.
Os passarinhos se aconchegando nos ninhos
Raros são os seus voos ou o seu belo cantar
Nos sertões, seres viventes rogam por chuva
E os benefícios, as bênçãos que a chuva traz
Seria o fim da dor, da fome, seca, desolação!
Se alguns sofrem por ter chuvas em demasia
Ao sertanejo sofrido, é vida plena, renovação
Para o camponês é fartura, satisfação, alegria
Roseleide S. de Farias
Fevereiro / 2012
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